Certamente você já escutou a frase: A ciência evolui a cada dia.
Um clichê e uma verdade.
Ela também se encaixa perfeitamente quando o assunto é o autismo. Até meados dos anos 80, o TEA era considerado uma disfunção do neurodesenvolvimento conferido quase que integralmente ao meio e suas influências. No entanto, hoje, muitos especialistas consideram que os fatores genéticos sejam os maiores responsáveis pelo distúrbio, chegando ao percentual expressivo de 90%. Atualmente atribui-se as possíveis causas do autismo a herança biológica.
Estudos realizados nos últimos anos, mostram que mutações em apenas um gene pode originar o autismo. Nesse caso, essa alteração aponta para a sinapse (espaço pelo qual os estímulos, percepções e aprendizados são transmitidas no cérebro) e se entende que o contato entre as neuroliginas e neurexinas (proteínas ancoradas na superfície dos neurônios da sinapse) são fundamentais para a função correta dos sinais que trafegam por eles. Seriam essas variações logo na fase embrionária que afetariam a linguagem, a comunicação, a interação social e a memória, “facilitando” o surgimento do transtorno.
Novas pesquisas indicam que um hormônio em especial estaria relacionado ao autismo, o estrogênio. “Os cientistas identificaram uma ligação entre a exposição a altos níveis de hormônios sexuais estrogênicos no útero e a probabilidade de desenvolver autismo “, publicou o site americano Science Daily.
Outras averiguações em anos anteriores destacaram análises feitas a partir dos hormônios andrógenos, concluindo que estes eram mais elevados em bebês do sexo masculino e que posteriormente os mesmos desenvolveram o TEA. “Esses andrógenos são produzidos em maior quantidade em fetos masculinos do que femininos em média, então também pode explicar por que o autismo ocorre mais frequentemente em meninos”, revelou o Science Daily.
Os cientistas acreditam que esses hormônios se relacionam com fatores genéticos e que isso seria a causa da disfunção do cérebro do feto. Contudo, ainda não se sabe de onde se originam e o que ocorre para que se produzam esses altos índices hormonais.
Fontes: Science Daily/Drauzio Varella/Revista Planeta/Pais e Filhos
Imagem: Google
Texto: Vanessa Pegoraro
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