Os animais são seres importantes no convívio diário. Eles proporcionam momentos de alegria, diversão e distração e por vezes, tornam-se, carinhosamente, membros da família. Além disso, sabemos que muitos deles ajudam pacientes em meio a procedimentos clínicos, auxiliam em casos de doenças como a depressão ou assistem deficientes visuais como guias.
Esse é um assunto que nas últimas décadas vem ganhando destaque. A Terapia Assistida por Animais (TAA) é um recurso utilizado para a melhoria da saúde física, emocional, psicológica e motora. Surgiu em 1792, na Inglaterra para ajudar no tratamento de doentes mentais de um asilo psiquiátrico, em Londres. Seus benefícios vão da diminuição da frequência cardíaca e pressão arterial e, também, da liberação de hormônios relacionados ao bem-estar.
De acordo com pesquisas, no caso do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), condição que afeta o desenvolvimento neurológico, os cães e outros animais podem auxiliar na melhora do seu comportamento.
A amizade generosa acontece de forma espontânea, estabelecendo-se, assim, uma interação social e a criação de um vínculo. Esses bichinhos estimulam a autonomia, a comunicação, reduzem os níveis de ansiedade, além de ser uma ótima companhia.
Os cães têm um papel importante, pois ajudam a desenvolver atividades que, nesse caso, são consideradas um desafio, como o contato e o convívio com outras pessoas. A relação do homem com o animal costuma ser de confiança e segurança, sensações que fazem a diferença na rotina do autista. Alguns são treinados para reconhecer e intervir de maneira suave em situações que possam trazer desconforto e inquietação, ajudando o paciente a se recuperar.
O projeto Cão Cidadão, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), colabora para o avanço clínico de crianças autistas em uma associação de Araçatuba, em São Paulo. O intuito é fazer com que elas interajam com os cães, retribuindo o carinho que recebem deles e aproveitem para praticar atividades físicas.
Outro animal que pode contribuir para o crescimento de pessoas com TEA, é o cavalo. A equoterapia, por exemplo, faz com que o paciente amplie sua linguagem e tenha uma maior percepção do próprio corpo. Segundo um estudo da Unicamp, realizado pela equoterapeuta e fonoaudióloga, Paloma Navarro, o cavalo é mais que um instrumento ou um mediador, é o agente transformador. “Observamos nas crianças diagnosticadas com esse transtorno autista que o animal proporciona novas sensações e interações de diversas maneiras”, explica ela.
Com isso, podem-se notar os benefícios que o contato entre crianças com TEA e esses bichinhos pode proporcionar. Suas reações são muito positivas diante da convivência diária, do carinho, da atenção e do respeito com que se tratam. É um processo social terapêutico que assegura um tratamento específico que alimenta e maximiza a capacidade do indivíduo de se relacionar e levar uma vida, dita, normal e de forma independente.
Fontes: Tismoo Biotecnologia, Portal Unicamp, G1
Fonte da imagem: Reprodução/Banco da Saúde
Texto: Vanessa Pegoraro
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